A terapia não é só para crises. É uma ferramenta de autoconhecimento e prevenção. Entenda por que sua dor é válida, mesmo que “pequena”, e quebre o ciclo de adiar o cuidado com a sua saúde mental.
Terapia: Você Não Precisa Estar no Limite Para Buscar Ajuda
Existe uma frase que resume perfeitamente o cuidado com a saúde mental: “O preço do cuidado é sempre menor que o preço do reparo.” No entanto, quando se trata das nossas emoções, quantas de nós só buscam a terapia quando já estão no ápice do sofrimento?
Infelizmente, normalizamos chegar ao último estágio de esgotamento para, só então, considerar procurar ajuda profissional para o sofrimento psíquico que estamos vivendo.
“Minha Dor Não é Grande o Suficiente”: A Armadilha que Adia o Seu Bem-Estar
Se você se pega pensando que ainda pode dar conta de tudo sozinha, ou que o que sente não é “intenso” o bastante para justificar uma terapia, você não está sozinha.
Esse pensamento está profundamente ligado aos temas que abordamos aqui: a dificuldade de ser cuidada, o hábito de abraçar o mundo e não se priorizar. Por isso, acabamos relativizando nossa própria dor.
- “É só uma crise que vai passar.”
- “É só uma fase mais sensível.”
- “Vou levando assim.”
O problema é que, sem percebermos, as crises podem se tornar mais frequentes, as fases sensíveis podem durar mais, e o que era passageiro se torna uma constante em nossas vidas. E é só nesse ponto, quando a dor já é crônica, que muitas pessoas finalmente buscam ajuda.
Troque a Lógica do “Aguentar” pela Sabedoria da Prevenção
Pense comigo: você não espera ter um infarto para ir ao cardiologista. Não espera a casa pegar fogo para instalar um alarme de incêndio. Por que faria isso com a sua mente?
A terapia não é um recurso apenas para “quebrar”. Pelo contrário: a terapia é para quem quer se fortalecer antes que as rachaduras apareçam.
Se você ainda está em dúvida, reflita sobre isso:
- Sua dor não precisa ser “grande o suficiente” para merecer cuidado. Ela só precisa existir.
- O primeiro passo é o mais difícil, mas também é o mais libertador.
- E ele pode ser dado hoje — não quando a crise bater à sua porta, mas enquanto você ainda tem as chaves para mantê-la do lado de fora.
Trocar a lógica do “aguentar até o limite” pela sabedoria do “prevenir para não remediar” é o maior ato de amor-próprio que você pode praticar.
Sua saúde mental não é uma exceção. É a prioridade. Permitir-se cuidar dela desde já é a prova de que você está escolhendo uma vida mais leve, consciente e plena.
