Nosso cérebro tende a direcionar soluções já conhecidas pra problemas parecidos que já foram vivenciados, por exemplo, quando você vai da sua casa até o seu trabalho, eu suponho que você não faça vários caminhos diferentes todos os dias, mas sim tenha um caminho que você passe sempre ou na maioria das vezes, tenho certeza que muitas das vezes esse caminho é percorrido quase que no automático, sem prestar muita atenção caso algum estabelecimento tenha mudado de fachada, ou se as faixas no chão foram repintadas.
Mas isso não quer dizer que é algo negativo o nosso cérebro se comportar dessa forma, muito pelo contrário, a economia cognitiva serve para economizarmos energia (ou sinapses), para coisas que realmente importam; já pensou se todo dia você tivesse que inventar um caminho diferente até o trabalho? Você já ia chegar lá cansada(o) mentalmente certo?
No entanto, a economia cognitiva também vale para o nossos comportamentos, como se fosse uma trilha no meio da floresta, obviamente todo mundo que passar por ali ao invés de criar uma nova, ter que cortar os arbustos por onde passar, lidar com a possiblidade de encontrar com animais selvagens ou insetos venenosos, pra quê isso se podemos utilizar da trilha que já está feita. E além disso, assim como os nossos comportamentos, quanto mais se percorre aquela trilha, mais ela fica marcada, fácil de caminhar, sendo assim, torna-se menos provável a possibilidade de abrir outras trilhas.
Por isso muitas vezes é tão difícil mudar nosso comportamento, mesmo tendo consciência de que é prejudicial em alguma medida, daí a importância da mudança ser primeiro cognitiva/racional, por isso também a necessidade de aprender a regular as emoções, de forma que o que aprendemos racionalmente possa vir à tona quando precisamos e assim, conseguir estar aberto a se comportar de outra forma, agora com mais consciência e encarando as possíveis consequências desse novo comportamento.