Eu descobri que preciso ser meu próprio porto seguro, porque dar esse papel a alguém, além de ser muita responsabilidade a ser terceirizada, pode ser potencialmente perigoso.
Essa foi uma reflexão que eu tive no meu processo de psicoterapia, em que eu me colocava numa constante busca por alguém em quem eu pudesse ter realmente como um porto seguro, para me apoiar, validar – seja meus sentimentos ou minhas escolhas.
Não estou dizendo que seja dispensável ter aquelas pessoas que te apoiem e te ouçam, ou ainda aquelas com quem você pode ser você mesmo sem julgamentos.
A questão aqui é até que ponto você tem colocado essa ou essas pessoas numa função de decisão sobre as suas escolhas, talvez até sobre o que você se permite sentir.
Por mais que você ame a pessoa ou que ela te conheça muito bem, passou por muitos momentos com você, é você que sabe com mais detalhes o que sentiu ao longo das suas vivências, só você sabe (ou deveria saber) os seus valores, suas lutas e dificuldades.
Portanto, o “porto seguro” da sua vida, precisa ser o CAMINHO para te guiar, alguém que ajude a refletir, uma voz que você considera relevante, mas nunca a voz DECISIVA, porque esta precisa ser você.